Macarena
julho 10, 2009
Laranja por definição
julho 5, 2009
Decidi pintar de laranja a parede do meu escritório no novo apartamento. No mesmo dia, depois da escolha, Bárbara me mostrou um texto que achou numa revista sobre essa cor. Não é que, de certa forma, me senti descrito ali?
“O laranja é o tom da criatividade, da invenção, da criação sem limites. Quem está conectado com essa cor gosta de ser o centro das atenções, tem sede do futuro, é sensível, alegre, charmoso, amante das invenções e revolucionário, pois faz o mundo sair um pouco do sério, andar para a frente, renovar-se.
As ondas do laranja evocam sentimentos moderados e facilmente assimiláveis. Os alaranjados estimulam a autovalorização e que mal há em gostar de si mesmo? Essa cor eleva a autoestima, combina com as festividades, estimula a extroversão espontânea e, num grau mais elevado, aumenta o prazer (ou diminui o desprazer) de estar em um local ou situação.
Em todos os momentos, essa cor aumenta a sensibilidade, sugere cooperação mútua, facilita a ponderação, a paciência e o tato na lida com situações difíceis. O laranja é um tom quente e, para apaziguá-lo, utilize tons de azul.”
Os fins e os meios
junho 15, 2009
Por estes dias, peguei passando na TV um pedacinho do filme Cruzada, por sorte bem na parte que mais tinha me chamado atenção quando vi o filme (bem mediano, aliás). Ao mocinho, fizeram uma proposta indecorosa. Ele poderia matar o vilão, casar com a princesa e libertar o povo de uma ditadura malvada – tudo isso com a benção dos sábios. Mas o cara não aceitou. Quando assisti, fiquei revoltado, mas só depois fui perceber que, na verdade, ele tinha razão. Não há mal menor para um bem maior. Nosso querido Nicolau Maquiavel – a quem muito devemos admirar por ter sido quem, pela primeira vez na ciência política, tratou-a com a distância fundamental do cientista –, na sua mais famosa assertiva, “o fim justificam os meios”, infelizmente estava redondamente enganado. E foi esse equívoco que justificou tantos erros na história. O nazismo pensou assim, o comunismo também. Os americanos quase sempre foram na mesma linha, principalmente nas guerras que perderam. Quase todos os políticos (mesmo os amadores) sempre o fizeram e até hoje seguem assim. E se não há um fim declarado supostamente bom, consideram-se merecedores de um habeas-corpus preventivo meio coringa, pois pensam que: “nós estamos no caminho certo e eles no errado”. Se, como uma vez me ensinou um budista tailandês, cada um pensasse somente na relação causa-consequencia de cada ato em si mesmo, nossa vida seria certamente bem melhor.
E pena que pouca gente se lembre o quanto estava certo Karl Popper. Esse foi o cara que realmente nos ajudou, com um pensamento muito simples. Propunha que o cientista, quando percebesse que tinha formulado uma hipótese equivocada, do fundo de seu coração, nobre e humildemente a abandonasse, buscando a verdadeira, sem olhar para o tempo (ou parte de sua reputação) que perdeu. Pena que boa parte do que tenho visto hoje se resume a uma tentativa pueril de se provar qualquer hipótese (ou tese, ou opinião), apenas pelo desejo de estar certo. É chato ver como a maior parte das pessoas não tem a menor idéia do que estão fazendo e, pior, não sentem nenhuma vergonha por isso. Acho que essa é umas das razões de eu, tantas vezes, ser tomado pelo sentimento de vergonha alheia.
1 – Faça uma programação apertada, que sempre vai se atropelada “pelo adiantado da hora”. Comece pelo menos com 45 minutos de atraso.
2 – Convide palestrantes que sabem que tenham 10 minutos para falar, mas trazem slides previstos para 40 minutos.
3 – Convide um moderador que reclame muito do tempo para os colegas de mesa, mas que ele mesmo use um tempo enorme para “tecer comentários”.
4 – Peça aos convidados para rasgar elogios uns aos outros presentes e descer a lenha em qualquer pessoa e/ou instituição ausente.
5 – Na dúvida, culpe a mídia. Ou o capitalismo. Ou a globalização.
6 – Para a plateia, convide pessoas que “representam” tantas entidades, grupos e/ou segmentos sociais, que sua apresentação seja maior que a pergunta.
7 – Evite convidar plateia que questione. Prefira plateia que ofereça colocações, preferencialmente aquela que repita exatamente o que o convidado diz ou, melhor ainda, que conte algum episódio imperdível de sua experiência pessoal.
8 – Para duplicar ou triplicar seu tempo de exposição, diga: “para concluir”.
9 – Para falar mal de alguma coisa, use: “o senso comum diz que”. Para falar bem, use “se quiser eu mostro os números”. Na dúvida, vá de: “é preciso fazer uma reflexão sobre…”.
10 – E o mais importante, convide sempre pessoas que não querem ouvir os demais, mas querem, principalmente, se ouvir falar.
De volta ao Planalto Central
março 27, 2009
Depois de uma mais temporada de um ano e meio em terras curitibanas, estamos de volta ao Planalto Central. Estou muito feliz com a decisão, mesmo com a pontada de saudade que trago do Sul. Em termos profissionais, Brasília é – talvez depois de São Paulo –, o melhor mercado para jornalistas no país. Além de todos os veículos e seus correspondentes, além da óbvia esfera política – ministérios, parlamentares, órgãos federais –, não se pode ignorar que as embaixadas, órgãos internacionais que têm representação no país, os conselhos nacionais dos mais variados temas, enfim, quase tudo no Brasil tem sede em Brasília. E todo o mundo quer um jornalista. Melhor para nós.
A vida é cheia de som e fúria
janeiro 15, 2009
Life’s but a walking shadow, a poor player
That struts and frets his hour upon the stage
And then is heard no more: it is a tale
Told by an idiot, full of sound and fury,
Signifying nothing.
Shakespeare, in Macbeth
Pior livro de jornalismo
janeiro 12, 2009
O Mago
janeiro 12, 2009
Eu temi porque ele está vivo. Escrever sobre alguém que já morreu é mais fácil – não há o que se escreva que faça o personagem vir puxar o pé do biógrafo. Mas escrever sobre um vivo pode gerar alguma dose de autocensura – que o diga o pobre Bial, constrangido a escrever sobre o seu chefe, cujo corpo mal esfriara.
Depois de Olga e Chatô, temi que Fernando Morais pudesse escorregar. Mas a biografia de Paulo Coelho é simplesmente sensacional. Equilibrada e instigante, tal qual os livros anteriores. Tudo bem, pode-se argumentar que sua tarefa fora facilitada pelos incontáveis diários do biografado, mas o resultado é excelente. Vale a leitura das 630 páginas.
Top 10 – As melhores músicas de psy de 2008
janeiro 2, 2009
Eis as melhores músicas que descobri este ano. Muitas delas não são novas, mas só tive o prazer de ouví-las recentemente.
01 – Sirius Isness feat Isabelle – Trance Fusion
02 – Ultra Voice – Power Me Up
03 – Oforia vs. Timelock – Show No Mercy
04 – Tikal – Equinox
05 – New Order – Blue Monday (Bullet Proof vs. Shanti Rmx)
06 – Absolum – Extreme Circumstances
07 – Xerox And Illumination – Turbulence UNR
08 – Shoveus Phanatic vs. Stereomatic – Pachuca Non Stop
09 – Astrix – Oranda Xi (Xerox and Illumination Rmx)